Neste recorte da Revista Polícia Feminina, produzida pela primeira turma de mulheres que ingressaram na PMMG, é feito um breve relato sobre o regulamento da Polícia Feminina (REPF em PM),instituído com a finalidade de estabelecer a missão, estrutura orgânica e outros.
31 maio, 2021
Polícia Feminina: Regulamento e Uniformes
09 maio, 2021
CARTA DE UM JOVEM SOLDADO À SUA MÃE MILITAR
Ao pensar na minha mãe, no auge
de sua mocidade, quando ingressou na Polícia Militar há quase 40 anos atrás, me
leva a refletir sobre o papel da mulher na sociedade brasileira. A mulher era
mais dependente, um pouco mais submissa, com poucas oportunidades no mercado de
trabalho. Havia um certo favorecimento ao homem, principalmente em termos
salariais.
Como a nossa sociedade está em
constante transformação, as mudanças acontecem em ritmo acelerado. Naquela
época, a sociedade demandava respostas mais complexas da Polícia Militar para
combater o alto nível de criminalidade, exigindo uma atuação da instituição, em
todos os seus segmentos, sem haver distinção entre o homem e a mulher. Para
atender a necessidade exigida pela sociedade mineira, a Polícia Militar sentiu
a necessidade de incorporar em seus quadros a Policial Feminina.
Nos últimos 40 anos de história
da mulher na Polícia Militar, já se pode ver muitas mudanças, atitudes que
comprovam o trabalho, a dedicação e o respeito que contribuíram para a mudança
de mentalidade. A cada nova turma que ingressa na carreira militar leva muito
da história, do exemplo do profissionalismo das pioneiras.
A minha mãe junto com outras 119
jovens, foram pioneiras na Polícia Militar de Minas Gerais. Desde criança, ouço
minha mãe contar sobre seu trabalho na Polícia Militar, especialmente na
Academia de Polícia Militar, lembrança essa que ela guarda com muito carinho,
por se sentir parte na formação de muitos militares, e lembro-me que dentro de
mim crescia um forte desejo de ir com ela para o seu local de trabalho. Algumas
vezes, minha mãe até me levava, adorava brincar no pátio da EFO, na pista de
atletismo. Eu tinha 5 anos de idade, segundo a minha mãe, também havia outras
crianças que brincavam no pátio da Academia, aguardando os pais saírem do
serviço.
Em casa, colocava a boina da
minha mãe e a chamava para brincar comigo, eu a pedi que me ensinasse a
marchar. Foram momentos importantes, felizes, que marcaram minha vida. Estas
lembranças me levam a refletir o tanto que minha mãe junto com as outras 119
mulheres foram aguerridas, romperam os obstáculos de uma sociedade machistas e
foram bem sucedidas em sua carreira profissional.
A Coronel Jurema, minha mãe, é
uma mulher persistente, guerreira, que motiva todos a sua volta. Hoje ela traz
muito de sua história da Policia Militar, em sua vida acadêmica, mostrando
garra e determinação ao graduar-se em Teologia, Psicologia, pós-graduanda em
Saúde Mental e Psicanálise.
Nesta oportunidade, saúdo todas
as policiais militares, em especial, as pioneiras, pelo marco deixado para as
que hoje ingressam na Instituição.
Felicito todas as mães militares pela dádiva concedida de ser mãe.
Parabéns, a todas as policiais militares, admiro muito vocês.
Te amo muito mãezinha!
Willie Eder Machado da Rocha, Sd
PM.
Sd Willie Eder presta continência para sua mãe, a senhora Cel QOR Jurema, da 1 turma de policiais femininas da PM, do ano de 1981.
Parabéns a todas as mães!
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